Esse final de semana foi de contrastes no surf, mesmo surfando no mesmo lugar (Praia da Baleia), pois foram dois mares bem diferentes de um dia para o outro.
No sábado, mar grande, correnteza, ondas fechadeiras e fortes. No domingo, meio metro suave, quase sem vento e ondas mais amenas.
Encarando um Mar Grande
Deu para eu entender na prática como é surfar em dois mares tão diferentes, e deu (principalmente) para saber como me comporto nesses dois ambientes tão distintos.
A perspectiva que eu tenho hoje de “mar grande” é bem diferente da qual eu tinha quando comecei a surfar.
Que era bem diferente da perspectiva que a minha amiga, que surfa há 1 mês e meio apenas, teve no mesmo dia:
Eu não achei que estava grande, para mim, era meio metrão e as ondas estavam de boas, o que atrapalhou foi mais a correnteza e o vento.
Alguns Perrengues
Nós tivemos dificuldades para passar a arrebentação no começo, tentamos pelo caminho que achamos mais fácil, mas na verdade estávamos sendo cuspidas para fora.
Eu remava, remava e não saído do lugar, na verdade estava sendo jogada cada vez mais para o raso.
Depois de alguns minutos, fomos mais para o canto esquerdo e conseguimos entrar.
Não bastasse as condições mais complicadas, o crowd estava intenso…
Veja aqui: Surf mais seguro – Evite Atropelas e ser Atropelado
Daí para o resto da sessão foi fugir das pranchas e das bombas, tentar dropar em algumas e ser ejetada de várias rápidas e fortes.
Nós saímos do mar como se tivéssemos sido atropeladas por um caminhão, pois foram 4h de sessão intensa.
Mas se me perguntarem se valeu a pena eu repondo claramente que sim, e ainda queria voltar por que estava injuriada por não ter pego uma onda decente hahaha.
O mar chegou sim a 1m nas maiores e com ondas mais fortes e correnteza pegando.
Com certeza não estava um mar fácil, mas na hora isso não passava pela minha cabeça.
O que eu queria era vencer as dificuldades e surfar acima de tudo, então o meu foco não estava nos problemas e sim no que eu queria fazer.
Isso é bom, mas me mostrou o lado ruim que ainda preciso trabalhar: a minha expectativa.
E depois uma Marola Marota
Meu comportamento do sábado para o domingo mudou totalmente, já que estava meio metro e um mar mais tranquilo…
Eu entrei no mar desencanada e com zero expectativa, porém foi uma sessão divertida, com ondinhas maneiras, outros aprendizados e até um ensaio de uma rasgada.
Eu saí no mar plena, felizona e com mais história para contar.
A lição que eu tirei disso é que, além de eu ser kamikaze e sem noção, ainda preciso aprender a lidar com a minha expectativa.
Ela tem controlado a forma como eu vou surfar e o “resultado” da sessão, quando na verdade é ela quem precisa ser controlada.