Maira Miyazawa

Sessão Surf 19.09.20 # São Pedro – Guarujá – SP

Quem conhece o pico sabe que o surf em São Pedro não é fácil, por isso vim contar minha última experiência lá.

Não tenho vídeos mas a história vale a pena e as fotos já dão uma ilustrada no que eu vou contar.

Retorno ao Surf

Depois de meses sem surfar, e em uma volta aos poucos, a ideia era fazer uma queda tranquila e de recuperação dos movimentos do surf.

A previsão era de meio metro para menos e por isso tive a brilhante ideia de ir para São Pedro, onde era a melhor condição.

Tudo tranquilo, tudo na paz… até que, eu e meu amigo, chegamos lá no pico.

Me alonguei e aqueci como sempre faço, essa dica é boa, importante entrar no mar com o corpo esperto.

Expectativa x Realidade

Ao analisar o mar para ver as condições e por onde entraríamos, já comecei a perceber que talvez não estivesse menos de meio metro… (um pouco mais) nem meio metro (um pouco mais).

Mas não me precipitei, respirei fundo e comecei a varar a arrebentação, tranquila e focada, tchuf tchuf tchuf… pensei: noooosssa chegar de cabelo seco no outside é sonho.

Quando eu estava quase chegando no line up uma ondinha maior foi chegando, pensei, vou afundar o bico aqui e partiu outside… porém a sem vergonha veio num flash, mal deu para eu furar a bicha e ela me arrastou para trás que nem The Walking Dead… BOOOF, aí logo na chegada já vi quem que mandava ali, e não era eu kkk.

Cadê a confiança no surf?

E quem disse que eu tava com coragem de dropar depois dessa? Pensei: se o caldo de costas foi assim imagina de cara na água.

Minutos foram passando, algumas séries também kkk até que tomei coragem para tentar o drop, tentei escolher um bonitinha e quando vi uma na minha direção, ninguém nela…

Comecei a remar, respirei fundo (não olha para baixo, não olha para baixo, onda buraco é assim, olhou para baixo, caiu)…. quando olhei para o lado tinha um sem noção começando a remar do meu lado (a onda era minha), não pensei duas vezes, liguei o nitro e fui que fui. (era o incentivo que eu precisava hahaha)

A prancha engatou, subi na confiança, dona da onda, me ajeitei bonita, respirei feliz que tava na onda e a hora que eu fui olhar para o lado pra pegar a parede de backside veio o backwash e me jogou para cima…

Eu estava certinha, só faltou lembrar que a onda lá é na velocidade da luz e quando eu ia pensar em fazer algo eu já estava no raso.

Ainda assim, felizona e é isso que conta.

Surf em São Pedro = Caldos e Vacas Sinistros

Daí para o final foi só vaca, umas com direito a costas na areia e areia na boca, atropelo (fui arrastada por outra onda para cima do meu amigo) e remada máster para fugir das bombas na cabeça.

Mas a melhor vaca ficou para o final, depois de pegar uma das milésimas saideiras… isso foi para eu aprender a sair na saideira mesmo, ví uma onda chegando mais no canto e falei, essa é a saideira de verdade.

Virei para rema na onda, mas ela já estava muito em cima e não pensou duas vezes: quebrou em cima de mim, me deu um chacoalho tão forte que saí tonta e com o pé doendo.

Não sei o que aconteceu, só sei que a porrada foi tão grande que nem tive condições nem de entender rsrs.

Mas aí depois dessa, resolvi sair de fininho antes que eu precisasse ir dalí para o hospital hahaha.

Reconhecendo os meus limites

Fui remando na maciota, fugindo da corrente que começou a me puxar e depois de uns minutos que pareciam uma eternidade, consegui sair e ficar em pé, me sentindo atropelada por um caminhão, ainda tonta e mancando hahahah.

Cada vez mais eu acredito que para gostar tanto desse esporte só sendo muito louco, nem eu entendo rsrs.

Se valeu o surf em São Pedro? Com certeza! 😀

Se você gostou da história e do conteúdo fica ligado por que toda quarta-feira tem post novo!

Aloha!

Sessão Surf 10.08.19 # Tijucopava – Guarujá – SP

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